A Aeronáutica anunciou nesta sexta-feira (2) a exclusão dos três soldados envolvidos no incidente que resultou na morte da cabeleireira Monique Valéria de Miranda Costa, 20, na madrugada de 7 de agosto, em um quartel da FAB (Força Aérea Brasileira), em Recife (PE). Em nota, a Aeronáutica informou que a decisão foi tomada "após a conclusão das inquirições do Inquérito Policial Militar que apura o ingresso de pessoas não autorizadas em unidade militar". Ainda segundo a nota, os três "ex-soldados" responderão processos nas justiças Militar e Civil. O desligamento dos militares ocorreu na quinta-feira (1º), quando entregaram as fardas e as suas identificações à Aeronáutica. A cabeleireira foi morta com um tiro de pistola dentro de um quarto do hotel de trânsito de oficiais, no Parque de Material Aeronáutico. O tiro teria sido disparado acidentalmente por uma das duas amigas da vítima que também estavam no local. A arma pertenceria a um dos militares, que a teria emprestado às garotas para fazer fotos com um celular. A Polícia Civil, que abriu inquérito para investigar o caso, deve indiciar os ex-soldados e a autora confessa do disparo por suposto homicídio culposo (sem intenção de matar). Eles também deverão responder por suposta fraude processual, ou seja, por modificar a cena do crime para tentar simular que o crime ocorrera fora das instalações militares. Segundo o delegado responsável pelo caso, Igor Tenório Leite, as garotas chegaram a dizer à polícia que a cabeleireira havia sido vítima de bala perdida, próximo ao quartel, e que os soldados a socorreram porque passavam de carro no local naquele momento. Mais tarde, disse o delegado, elas afirmaram que haviam sido induzidas pelos soldados a contar essa história e modificaram o depoimento. Os envolvidos respondem aos processos em liberdade. |
sábado, 3 de setembro de 2011
FAB exclui soldados envolvidos em morte de mulher em quartel
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