Djorgynes Zanetti conseguiu ser aprovado nas provas
de um concurso público para Polícia Militar, mas para tomar posse do cargo ele
ainda tinha que passar pelo exame médico. O exame na maioria dos casos não
representa grandes dificuldades para os candidatos que pretendem ser policiais,
mas foi justamente esta fase que o reprovou, somente porque Zanetti tinha uma
tatuagem.
Nesta semana, entretanto, o Tribunal de Justiça de
São Paulo decidiu que o soldado permaneceria no cargo de Policial Militar.
O candidato foi considerado inapto nos exames
médicos por ter tatuagens no braço, ombro, tórax e a região a lateral do
abdômen. O edital alertava os participantes que quem tivesse tatuagens teriam
os desenhos avaliados levando em consideração o tamanho da tatuagem, se
atentava contra a moral e bons costumes e se era visível quando estivessem
utilizando o uniforme da polícia.
Foto Reprodução
Depois da reprovação ele conseguiu um mandado de
segurança que o reintegrava ao concurso efetivando sua aprovação e posse. Mas a
Fazenda do Estado recorreu da sentença, mesmo depois do trabalho do soldado já
ter começado.
A tatuagem de Zanetti retrata um dragão, pássaros e
ramos, o que segundo o relator do processo, desembargador Urbano Ruiz "as
tatuagens não atentam contra a moral e os bons costumes. Não são visíveis
quando o soldado usa camisa da corporação, mesmo de manga curta".
Djorgynes reuniu vários bolentins de ocorrência para
provar à 10ª Câmara de Direito Público sua boa conduta no trabalho. A decisão
foi unânime: Djorgynes continuará trabalhando.
Fonte: DIÁRIO DA MANHÃ
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