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sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Nova estação brasileira na Antártica custará R$ 110 milhões



A construção da nova Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), base de pesquisas brasileiras no continente gelado, terá um custo estimado de R$ 110 milhões, segundo o projeto executivo da Marinha. A estrutura substituirá o antigo centro militar, destruído por um incêndio há um ano e sete meses.

O Programa Antártico Brasileiro (PAB) vai elaborar, até o início da semana que vem, o edital de licitação que escolherá a empresa encarregada pela construção da EACF. O preço calculado, segundo a Marinha, é semelhante ao investido pela Espanha em sua base na Antártica, cujas obras foram encerradas nos últimos cinco anos.

- Nos próximos dias vamos avaliar todos os detalhes, do lugar de uma tomada ao sistema de matriz energética - revela o almirante Silva Rodrigues, secretário da Comissão Interministerial de Recursos do Mar, responsável pelo PAB. - A licitação será realizada ainda este mês e aceitaremos empresas estrangeiras, desde que sejam associadas a construtoras brasileiras.

Em dezembro, engenheiros do PAB voltarão à Antártica para fazer uma sondagem geotécnica do terreno da futura estação. Com estas informações, em março será lançada a pedra fundamental da base.

A montagem dos módulos da nova estação será realizada no Brasil, em um local ainda não determinado. Entre março e outubro serão construídos os módulos, adquiridos os equipamentos e realizada a pré-montagem.

- Ninguém trabalha na Antártica entre março e outubro, durante o inverno daquele continente - explica Silva Rodrigues. - Mesmo no resto do ano, trabalhamos com um continente superlativo. De um momento para outro, o tempo ameno transforma-se em uma ventania. Por isso, é impossível estimar o número de dias úteis em que poderemos realizar nossas pesquisas. Mas gostaríamos de começar a operação já em 2015.

O projeto executivo da EACF foi escolhido seis meses atrás, em um concurso promovido pelo Instituto de Arquitetos do Brasil. A estrutura concebida naquele momento, segundo Silva Rodrigues, é "conceitual". Algumas adaptações serão realizadas, mas o PAB manteve suas ambições. Sua nova base na Antártica terá rede avançada de comunicações de dados e voz, sistemas de água potável, energia e de coleta de resíduos sólidos, biblioteca, academia de ginástica e lan house. Com 3,2 mil metros quadrados e 19 laboratórios, ela poderá receber 64 pessoas, a mesma quantidade da estação anterior.
- Teremos uma matriz energética menos poluente, água reaproveitada e isolamento de última geração - anuncia o almirante do PEB. - Em menos de dois anos, conseguimos desmontar as 800 toneladas da estação incendiada e mitigamos o impacto ambiental do acidente. Logo teremos uma nova casa na Antártica.

Fonte: Agência O Globo

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